sexta-feira, 20 de julho de 2012

A VERDADE SOBRE O INCÊNDIO DA BASE COMANDANTE FERRAZ

No momento em que a base brasileira na Antártida começou a ser destruída por um incêndio, na madrugada de 25 de fevereiro, funcionários militares e civis da Marinha e cientistas de universidades brasileiras participavam de uma festa chamada Baile da Terceira Idade, na qual houve consumo de bebidas alcoólicas.

Mantida em sigilo tanto pela Marinha quanto pelo grupo de 31 cientistas que estavam na base Comandante Ferraz, a realização da festa, com bebidas como cerveja e vinho, foi apurada pelo inquérito policial militar (IPM) aberto no dia do desastre, para apurar causas e responsáveis. 

Como o alarme não disparou quando o incêndio começou, os encarregados pelo inquérito suspeitavam que o sistema pode ter sido desligado por ordem do comando da base. O objetivo seria não atrapalhar a festa. Na pista de dança há um mecanismo que espalha fumaça de gelo seco, como em uma boate. Os sensores são sensíveis e poderiam disparar, anunciando um falso incêndio. 

Salvação. Na opinião dos pesquisadores, a realização da festa pode ter sido fundamental para que não houvesse vítimas entre eles. Isso porque, se não fosse o baile, a maioria deles estaria dormindo em alojamentos que, em poucos minutos, foram devastados pelas chamas. 

Como o alarme não disparou, talvez eles não tivessem chance de escapar do incêndio, pois seriam surpreendidos dormindo. Todos estavam no salão de estar da base e em outros locais comunitários. Assim que os gritos de “fogo” começaram, conseguiram fugir. O fogo começou a se propagar da sala de geradores, uma unidade externa ligada à base pelo telhado, por onde o fogo atingiu alojamentos e demais dependências com muita rapidez.

A matéria acima foi extraída, sem edição, do jornal Estado de São Paulo, de hoje.  O crédito da matéria é do Estadão.  A matéria em si retrata o descaso com os assuntos de relevante importância, no Brasil.  No entanto, a matéria dá a entender que a tal Baile de Terceira Idade possibilitou o salvamento da maioria dos habitantes da Base.  Cada um dá a interpretação que o caso merece.  

Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi  prf. da UFPR
Twitter: @sakamori10

Um comentário:

Arno Edgar Kaplan disse...

Ainda nem saímos para a guerra, mas já estamos afundando, pelo caminho...