segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

JBS É HISTÓRIA PARA BOI DORMIR



Este blogueiro já vem alertando ao mercado sobre a concentração de financiamento para o grupo JBS pelo BNDES, em forma de financiamento subsidiado denominado por este de Bolsa Empresário a um custo médio de 3,5% ao ano, sem correção monetária ou sob forma de participações acionárias. 

Quanto o repasse de dinheiro não se dá através do financiamento, é feito via participação societária, em tese, apenas pela remuneração de capital, previsto em estatutos da JBS.  Qualquer empresa brasileira desejaria ter como sócio o BNDES Participações.  O privilégio é para poucos.  Geralmente, são aqueles que tem acesso livre ao Palácio do Planalto.  Em tempo, o principal executivo do grupo JBS é Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central do governo Lula.

O BNDES vem concedendo financiamento, muitas vezes para o processo denominado de fusões e incorporações.  É o caso do grupo JBS.  Igual privilégio tem o menino Eike Batista do grupo EBX. À rigor, fusões e incorporações, não criam empregos, pelo contrário dá-se o enxugamento da administração, com demissão de pessoas que antes ocupavam mesmas funções em companhias fundidas ou incorporadas. 

A justificativa do governo Dilma é que o BNDES teria função de fortalecer empresas nacionais criando players globais (sic). Na minha visão, criariam os mega-empresários com o dinheiro do contribuinte, num processo que denominamos de Robin Hood ao inverso. Também, por outro lado, se forem mal sucedidos, deixariam o rombo monumental para o contribuinte pagar.

Na minha modesta avaliação, grosso modo, os dois conglomerados de empresas, JBS e EBX, já receberam de Bolsa Empresário, nos governos Lula e Dilma, a valores corrigidos em mais de R$ 40 bilhões.  Certamente, serão os próximos contribuintes à reeleição da presidente Dilma, sob forma oficial ou via Caixa 2.  Podem escrever!

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vai avaliar o crescimento, por meio de aquisições, do frigorífico JBS no Brasil e seus impactos nos preços pagos aos pecuaristas e cobrados dos consumidores pela carne bovina.


Estimativas iniciais apontam que a empresa da família Batista pode ter triplicado de tamanho nos últimos quatro anos, elevando sua participação na carne bovina vendida no País de 15% para 40%. Parte dessa expansão foi financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


O tribunal vai avaliar o que deveria ter sido informado e acrescentar ao processo. A empresa pode ser multada por isso. De acordo com fontes próximas, o JBS entende que, por se tratar de arrendamento e não compra, não haveria necessidade de informar ao Cade.

Apenas as plantas arrendadas, se consideradas como uma companhia em separado, seriam o segundo ou terceiro maior frigorífico bovino do País. Entre as empresas arrendadas e não notificadas ao Cade está, por exemplo, o frigorífico Quatro Marcos, que tinha cinco plantas no Brasil.


Entidades ligadas aos criadores estimam que, hoje, o JBS seja responsável por 50% a 60% da compra de gado em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em algumas regiões, como Barra do Garça (MT), a empresa da família Batista é a única opção de compra de gado.

O JBS vinha sendo acusado pelos pecuaristas de arrendar frigoríficos para deixá-los fechados, eliminando a concorrência. Os pecuaristas se reuniram com senadores e deputados e tiveram reuniões no Cade. Recentemente, a empresa reabriu quatro unidades e promete voltar a operar mais duas até abril. Procurado, o JBS não deu entrevista e informou que ainda precisa avaliar a decisão do Cade.

Enfim o financiamento oficial do governo vem criando monstrengo que pouco produz, conforme pode ver no noticiário acima.  Digo mostrengo, porque ela não atua diretamente no processo produtivo, são na verdade empresas financeiras que pouco tem a ver com processo industrial.  Mais ou menos como funcionava a GM antes da crise financeira mundial em 2008, o lucro estava nos financiamento dos veículos ao invés de estar na produção de veículos propriamente ditos.

O boi, é para história de boi dormir.  O boi para o JBS é apenas produto para fazer girar o dinheiro.  O lucro dos frigoríficos em geral está no giro financeiro, não nas matanças de bois.  Tanto isto é verdadeiro que o JBS possui até um banco próprio, o Banco Original para financiar sobretudo os fornecedores do frigorífico JBS.  A outra empresa citada no noticiário, a Mafrig, está literalmente no chão.  Está passando por dificuldade financeira que o mercado já sabe. Quem vai pagar o rombo da Mafrig, certamente será o contribuinte.

E para completar, um dos donos do JBS, no ano passado alardeou à imprensa que teria comprado um iate de US$ 40 milhões.  Nada estranho seria se a empresa não tivesse empréstimo subsidiado do BNDES.  Enfim, o contribuinte paga pelo luxuoso iate de um dos dono do grupo JBS.  

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori12



Um comentário:

Unknown disse...

CARO OSSAMI SEM SOMBRA DE DUVIDA É O MAIOR ROUBO DESTE NASCIMENTO DO PLANETA TERRA, ESSA NOSSA QUADRILHA BRASILEIRA (LULA-DILMA-JOSE DIRCEU-HENRIQUE MEIRELLES-IRMÃOS BATISTA(GRUPO FRIBOI-JBS), DEIXA TODOS OS GRANDES LADRAÕES MUNDIAS COMO SENDO LADRÕES DE GALINHA E PICOLÉ CONFORME LISTA: AL CAPONE - BARRABÁS - ROBIN HOOD - BUTCH CASSIDY & SUNDANCE KID – LAMPIÃO - MADAME SATÃ - CARL GUGASIAN - DEREK “BERTIE” SMALLS - ALBERT SPAGGIARI - BILLY THE KID – ZODIAC - DENNIS RADER - JOHN GOTTI - JOHN DILLINGER - BUTCH CASSIDY - TED BUNDY - JACK KEVORKIAN.