sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Brasil da Dilma. Maior rombo da Balança Comercial desde 1998.

Apenas para registro.  A balança comercial brasileira fechou o acumulado do ano, de janeiro a outubro, em US$ 1,8 bilhão, maior rombo para o período desde 1998.  Isto é ruim para o País? Mais do que ruim, é péssimo.  Vejam a notícias da Folha e na sequência, meus comentários.

A balança comercial brasileira, que registra o saldo entre exportações e importações do país, voltou a ficar negativa em outubro. Após dois resultados mensais positivos, o deficit comercial do mês passado ficou em US$ 224 milhões, pior resultado para outubro desde 2000, informou nesta sexta-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Fonte Folha.

No acumulado do ano, a diferença entre importações e exportações da conta petróleo está negativo em US$ 18,903 bilhões. Já o saldo dos demais produtos está positivo no ano em US$ 17,071 bilhões.Fonte: Folha.

Comentários.

Meus comentários que faço com antecedência, de no mínimo 6 meses, sobre matéria econômica, não tem servido para muita coisa. Tenho voltado ao mesmo tema, após alguns meses, com confirmação dos fatos e ou eventos previstos anteriormete. Não custa nada para mim, voltar ao mesmo tema para melhor compreensão do assunto pelo leitores.

A principal causa do desequilíbrio da balança comercial tem sido o dólar engessado pelo Banco Central no atual patamar de R$ 2,20, com utilização de diversos mecanismos de intervenção.  Hoje, esteve em alta por conta do possível corte na compra de títulos do Tesouro americano, pelo  FED.  Também, medida anunciada por este blog, em função da mudança do comando do FED, para Janet Yellen.  Nada como um dia atrás do outro, para confirmar a minha opinião manifestada anteriormente.

O problema da balança comercial pífia, não teria impacto tão alto se a balança de conta corrente do Brasil não fosse tradicionalmente negativo por conta de pagamentos de juros, royalties, dividendo de transnacionais e fretes marítimos, por exemplo.   Segundo último dado do Banco Central, o País estava necessitando de US$ 85 bilhões para fechar balança de pagamentos zerados.

Com as notas de créditos do País com viés para baixo e com a proximidade das eleições do próximo ano, os investidores estrangeiros diretos (IED) estão em posição de stand by.  Resta ao Banco Central a única alternativa de atrair capital estrangeiro via elevação de juros Selic, para tentar cobrir o déficit da balança de pagamentos.  Resumindo, em outros termos, o Brasil está necessitando do dinheiro do agiota internacional ou seja investimento estrangeiro especulativo.
Duas medidas o Banco Central deve tomar nos próximos dias ou próximos 2 meses, ajustar o patamar de dólar para tentar reverter o déficit da balança comercial e atrair capital estrangeiro especulativo com o aumento da taxa de juros Selic para patamar de 2 dígitos.  

Esqueci de comentar acima, mas nos próximos meses, vai entrar dinheiro do leilão do pré-sal e aumento do percentual de participação do capital estrangeiro de 20% para 30%.  Ambos eventos vão trazer ao País capital estrangeiro no montante aproximado de US$ 10 bilhões, aliviando um pouco a necessidade de cobrir o rombo da balança de pagamento deste ano.  

Creio que, ainda assim, o Brasil precise utilizar parte do dinheiro da reserva cambial para tentar segurar a alta do dólar, causada pelo fluxo negativo da moeda americana, nos próximos meses.

Ossami Sakamori

Um comentário:

daniel disse...

Parece que nós estamos igual ao cidadão que tem saldo negativo todo mês e, em vez de diminuir as despesas começa a vender tudo que possui a preço de banana para fechar a conta. Quando não tiver mais nada para vender o credor vem e toma a casa com porteira fechada(até esposa vai junto).