sábado, 16 de novembro de 2013

Dilma e a economia BR. Day after do mensalão.

Após STF mandar as principais figuras do PT a cadeia, presidente Dilma e presidente Lula combinaram, segundo a imprensa, de permanecer ao largo do assunto referente ao último ato do julgamento do mensalão.  Isto, não depende da vontade de ambos presidentes.  Quem vai responder sobre isto é a população.

No meu entender, é a perspectiva de downgrades de riscos do País já anunciada por algumas das agências de classificação de rating de crédito do Brasil, voltará a ser tema central da preocupação da presidente Dilma e da sua equipe econômica.  O mercado financeiro cobra da equipe econômica uma atitude mais significativa por parte do ministério da Fazenda e do Banco Central do Brasil.

A presidente Dilma, após a constatação de que a inflação voltou com força, determinou ao Banco Central segurar o índice custe o que custar, até a realização das eleições de 2014.  O Banco Central está agindo, impondo série de medidas para conter a inflação, todas emergenciais.  Todas medidas tomadas até aqui não se sustenta no período longo.  

As principais medidas são, a fórmula equivocada, de segurar o dólar no patamar mínimo possível.  Para sustentar o dólar nos atuais patamares, o Banco Central está autorizado pela Dilma para despejar no mercado swap cambial tradicional que, nada mais é do que título do Tesouro indexado ao dólares, no montante de até US$ 100 bilhões.  Isto é apenas artifício, porque o swap cambial tradicional não é venda do dólar no futuro, mas apenas título do Tesouro, em real, indexado à variação do dólar no mercado.  Digamos que o swap cambial é dólar falso ou dólar virtual.  

Além de tudo, o Banco Central está administrando o represamento dos preços administrados pelo governo, como combustíveis e tarifas de energia.  Resumindo, a Dilma tomou medida em tempo errado.  Antecipou-se as medidas, que poderiam ser tomadas no ano eleitoral, em 2014, se a preocupação é a sua releições em 2014.  Em decorrência da antecipação, os preços administrados não aguentam por mais 1 ano, atrapalhando o próprio calendário eleitoral.   

Com as medidas tomadas, estão colocando as duas empresas, a Petrobras e a Eletrobras, no limite de riscos que fatalmente virão os downgrades , tornando ambas empresas numa situação econômica e financeira mais críticas ainda.  Se não houver reajustes dos preços no curto prazo, a Petrobras e a Eletrobras, não terão caixa para a própria sobrevivência, quiçá caixa para tocar os Planos de Investimentos dos respectivos setores.  

Mesmo com as duas medidas importantes como engessar o dólar no atual patamar e represar os preços administrados, a inflação tem mostrado os dentes.  Equivocadamente, o Banco Central, deve aumentar a taxa Selic na próxima reunião do COPOM para 9,75% ou 10,0%, como tentativa de conter a inflação.  Segundo teoria ortodoxa equivocada da equipe econômica da Dilma, a alta de juros conteria o consumo.   Nada disso é verdade.  Eu já disse que a taxa de juros básicos é termômetro e não remédio para conter a inflação.  Pelo contrário, a alta de juros coloca mais lenha na fogueira da inflação.  

Mensalão terminada, em termos políticos, com a prisão dos réus, respingando enormemente ao projeto de reeleição, a presidente Dilma tem economia do País em frangalhos com ameaça da volta de inflação.  Esta situação frágil foi pela própria escolha da Dilma. A presidente Dilma se encontra naquela situação de sinuca do bico.  Se correr o bicho pega, se parar o bicho come!  

Os próximos lances serão importantes para a sua sobrevivência política.  Se eu for para prevalecer minha vontade própria, diria que o Brasil que se dane e Dilma que perca a eleição.  Não é bem assim que funciona.  O Brasil é minha pátria, independente dos governos que passam.  Espero que a Dilma tome medidas que achem certo para o Brasil do futuro, não as medidas que apenas garantem a sua reeleição.  

Paradoxalmente, neste momento, o que é bom para Dilma é ruim para o povo!  Adivinhe que medida a Dilma prefere tomar? 

Ossami Sakamori


2 comentários:

Vale tudo? disse...

Inflação à parte, medidas do governo tomadas a " toque de caixa", e demais coisas que só os economistas podem prever, pensemos nós, os brasileiros que querem um País com letra maíuscula , nas próximas eleições ! Votar com consciência, renovação total dos atuais poderes governamentas! E isto inclui mais do que o PT e seus asseclas .

Unknown disse...

Verdade, o governo Dilma inventou um novo tipo de dólar, além do falso, o "dólar virtual", que não tem forma nem deixa rastro... a situação do Brasil se assemelha, cada vez mais, com a da Venezuela e Argentina, dizem, inclusive, que há sinais de crise econômica séria não superestimado Chile, vamos ver...

A Petrobrás e Eletrobrás são duas bombas que vão explodir no nosso colo, a coisa é séria mesmo. A Dilma vai empurrar a crise com a barriga inchada do Lula até conseguir ser reeleita. Uma coisa certa: o fim do caso do mensalão, a reeleição da Dilma perdeu totalmente a sua legitimidade. O que é bom para nós nunca é bom para este governo, então, vamos, todos, levar ferro...