quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Brasil da Dilma. Piores dias estão para vir!

A insatisfação vem dos coordenadores do Ministério da Fazenda, subordinado ao secretário do Tesouro Arno Augustin, conhecido como rei das gambiarras contábeis.  As críticas se referem sobretudo ao último aumento do Selic para 10% ao ano, pelos próprios coordenadores, segundo leitura feita no jornal Estadão.    

Acontece que a dívida pública bruta gira próximo de R$ 3 trilhões e a dívida líquida acima de R$ 2 trilhões.  O Banco Central para conceito de dívida líquida deduz o valor da reserva cambial e o empréstimo ao BNDES para sustentar o PIS.   Qualquer número que consideremos é montanha de dinheiro!  Grosso modo, a dívida pública brasileira, hoje, está dobro do que herdou do governo anterior, há apenas 11 anos.  

Como se sabe, a aplicação da parte da reserva cambial é aplicada em 0,25% ao ano, em dólares.  O programa PIS - Programa de Investimento Sustentável com saldo de cerca de R$ 430 bilhões, está emprestado às empresas do Bolsa Empresário à taxa média de 3,5% ao ano.  A diferença dos juros o Tesouro cobre com novas emissões de títulos.  É uma ciranda financeira que não termina nunca!

Dentro deste quadro, o mercado financeiro, sentindo a dificuldade demonstrado pelo Tesouro na rolagem de seus títulos, vem exigindo pelo título NTN-B com vencimento em 2023, juros cada vez mais altos.  Só para se ter ideia, no dia 2/1/2013, os juros girava em torno de 2,5% + inflação.  Hoje, o mercado exige 6% + inflação.  Significa que o Banco Central paga pelo NTN-B, juros presente, de cerca de 12% ao ano.  E por estas e outras que o "mix" de juros pagos pelo Banco Central sobre o estoque de sua dívida pública está próximo de 11% ao ano.  Calculem, quanto de juros pagamos por ano, se quiserem.  É uma babilônia! 

Como pode ver, dentro da esfera técnica do Banco Central, a taxa básica de juros, Selic, não é utilizado para conter a inflação.  Ao contrário, a área técnica do ministério da Fazenda, considera o aumento da taxa básica de juros como termômetro da credibilidade da política econômica do governo.  No que concordo plenamente. Folgo em saber que, pelo menos a área técnica da Fazenda, tem o mesmo pensamento meu.

Segundo o Estadão, a área técnica do ministério da Fazenda, se preocupa com o crescente endividamento do Tesouro Nacional, diante da nova taxa Selic.  Não foram bem claro, os coordenadores, mas certamente eles se preocupam com o efeito "contaminação" dos juros exorbitantes que o Tesouro paga para rolagem das suas dívidas.   No entanto é inexorável o efeito do aumento da taxa Selic, nos juros do mercado e em consequência o efeito no índice de inflação decorrente da alta de juros.  

Sejamos claro.  O governo Dilma perdeu credibilidade no mercado, então há necessidade de pagar taxa de juros cada vez mais alto.  Essa história de que o aumento de taxa Selic é para segurar a inflação, acompanhado pela maioria dos analistas meia tigela e empresários puxa sacos do governo, é pura invencionice para mitigar o verdadeiro efeito do aumento da taxa de juros básicos, Selic.

Existe sinalizações das agências de classificação de riscos de rebaixamento das notas do Brasil para viés de baixa, no mês de janeiro do próximo ano.  No quadro já desenhado anteriormente, os juros Selic no próximo semestre deve ter trajetória ascendente com mira para 12% ao ano, já no primeiro semestre, inexoravelmente.  

Duas conclusões podemos tirar diante do quadro.  A primeira conclusão é de que o Brasil já se encontra no "meio da crise".  A segunda conclusão é de que o ano de 2014, a economia brasileira vai experimentar situação tão grave quanto do ano de 2008, por culpa própria.   

Não cabe mais, no meu entender, à esta altura da situação que se encontra, discussões sobre o que "deveria" ter feito na política econômica (sic).  Independente de governo que está no poder, o Brasil acima de tudo, deve procurar a "saída" menos traumática para a crise que já se instalou.  Quanto mais tarde, pior será o remédio. 

Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?

Ossami Sakamori 


2 comentários:

Die Lesung aus ubrals disse...

Pensando mais na base da pirâmide: logo, logo, a conta básica do trabalhador de endividamento dentro do salário mensal, não vai mais fechar, o que foi pego de dívida, não será pago, mesmo com crédito facilitado, e o Brasil, que já está na merda, vai adiantar em 4, 5 anos a minha previsão de 10-15 anos uma merda irreversível

Anônimo disse...

Vamos ver o Brasil quebrar e para retornar a economia depois de tudo que o PT roubou e desviou... nao vai ser facil. Acredito que levaria 20 anos para tapar o buraco economico que foi criado. Infelizmente... vamos ver o Brasil desmontar. E oPT, como sempre, colocara a culpa nos empresarios, nos Americanos, na chuva, no sol. Espero que morram todos os filhos da mae que criaram tudo isto para as pessoas de bem. O PT roubou a luz da alma dos brasileiros. Espero que o Lula queime nos infernos!!! O Ze Ladrao, a DIlma,etc etc.