sábado, 15 de março de 2014

Racionamento de energia virá, após eleições de 2014.

Segundo cálculos de consultores e analistas do setor de energia, se o governo fizesse o reajuste neste ano, de uma só vez, as tarifas aumentariam, em média, mais de 20%.  Isto não ocorrerá, porque o governo já anunciou que o reajuste de tarifas de energia para consumidor será em média 4,6%.  Sinal evidente de que o setor elétrico ficará no prejuízo.  Mais uma vez, a Dilma interfere na tarifa pública, para segurar a inflação, numa política equivocada.

Vou tentar destrinchar um pouco o setor elétrico, para leigos, através de números.  O resto que estão sendo divulgados pela imprensa é tudo conversa fiada.  O Brasil tem capacidade instalada de geração de energia elétrica em 120,1 GW, incluindo toda forma de geração de energia.

A energia gerada pelo sistema hidráulico, incluindo o PCH - Pequenas Centrais Hidroelétricas, corresponde a 69,5% de potência instalada.  A potência instalada, não quer dizer muita coisa, porque é potência que teria se os reservatórios estiverem cheios, o que não é o caso no momento presente.  

As usinas térmicas respondem por 27,1%, graças às térmicas construídas em regime de "toque de caixa" pelo governo FHC e completado pelo Lula, por conta do apagão que marcou o fim do mandato do FHC. O defeito deste sistema é que as usinas térmicas são altamente poluidoras.  Além de custo de geração ser muito maior que as hidroelétricas.  Isto vem influir nas tarifas, inexoravelmente. 

O Brasil já tem as usinas nucleares, Angra 1 e Angra 2, que respondem por 1,7% do total de potência instalada.  Há polêmica sobre a utilização das usinas nucleares.  A Alemanha, optou em desativar todas usinas nucleares nos próximos anos.


O parque de usinas eólicas vem aumentando gradativamente, uma vez que o custo de geração está sendo otimizado.  Hoje, representa 1,6% da potência instalada.  A desvantagem deste sistema é que o funcionamento depende dos ventos, que não são permanentes, depende das condições de meteorologia.


O consumo médio de eletricidade no Brasil é de 62 GW, o que corresponde a pouco mais de 50% da capacidade instalada.  O consumo neste último verão chegou ao pico de 79 GW, pela primeira vez na história.  Como podem ver, o funcionamento das usinas depende de muitos fatores, do regime de vento, da necessidade de manutenção das nucleares e da capacidade de acumulação dos reservatórios, sobretudo.  

As usinas hidráulicas que é o principal matriz de energia elétrica, que reponde por 69,5% da potência instalada depende da acumulação de água em seus reservatórios.  O alarmante é que os níveis de reservatórios estão nos mesmo níveis do apagão do FHC, com agravante de que as térmicas estão com 100% de capacidade em uso.  O Brasil, não tem onde recorrer, no caso de colapso.


O que acontece.  A Dilma mandou Lobão não tomar nenhuma medida que cause impacto à população, como racionamento de energia para não carregar a responsabilidade dos apagões como ocorrera com FHC.  Lembrando que FHC não conseguiu eleger o seu sucessor, grande parte por causa do apagão elétrico ou seja, do racionamento de energia elétrica.  Dilma sabe que é fatal, impor racionamento em plena campanha eleitoral. 


Se correr o bicho pega Dilma, se parar o bicho come!  Se não houver ajuda do São Pedro, urgentemente, o racionamento já vai acontecer, precisamente um dia após o resultado das eleições, seja quem for o eleito.  Isto é matematicamente certa.  E a defasagem tarifária será recomposto em 2015. Isto tudo acontece, porque a Dilma é considerada gerentona do setor elétrico.  Imagine se não fosse gerentona.  Seja qual for o novo presidente, já tem um abacaxi para descascar no primeiro dia do governo.

Ossami Sakamori
@SakaSakamori




6 comentários:

Unknown disse...

bfs amigo Saka

Anônimo disse...

Se Deus for brasileiro fará com que o apagão aconteça antes das eleições. Vou passar calor mas o PT estará fora, isso já é um refresco.

Adriana Berg disse...

Vou comprar uns ventiladores a pilha...

Daniel Camilo disse...

Se fôssemos expertos já teríamos adquirido geradores portáteis residencial movidos a gasolina, etanol ou diesel. Os mais baratos sai na faixa de R$400,00 e gera 1.000 watts(se não me engano). Se deixarmos para depois, pagaremos bem mais caro.

Anônimo disse...

Eu acho que esse apagao vai acontecer na copa....isto e, ha muitas chances disso ocorrer nao acham?

carlos roberto sp disse...

vc lembrou bem, que a mairioa das usinas termoeletricas foram contratadas no governo fhc
saberia quantificar quantas.? Esses que estao ai quantas contrataram
Abs.Vou aumentar meu estoque de baterias