quinta-feira, 8 de outubro de 2015

ANP. Marca da Incompetência !


A Agência Nacional de Petróleo colocou em licitação vários blocos de exploração do petróleo nas costas brasileiras. O resultado é que, somente 14% dos lotes ofertados foram arrematados. A ausência notada foi a Petrobras que não se interessou por nenhum dos blocos ofertados, apesar de a lei em vigor, imposto e aprovado pelo PT, exigir a participação mínima de 30% em cada bloco.

Disse o geólogo Pedro Zalan da Consultoria ZAG, segundo Estadão, a ausência de ofertas pelos blocos da bacia do Espírito Santo não era esperado. Completou ele: "Geologicamente não vejo explicação. Só posso atribuir à situação atual de insegurança jurídica e política do País, além dos preços baixos do petróleo".  Acertou em cheio, o geólogo da ZAG.

Para ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo, o fraco resultado não surpreendeu pela conjugação de fatores: preço baixo de petróleo, dinheiro escasso e potencial modesto de produção dos blocos ofertados. Disse Jonhn Forman: "Para empresas do setor, não vale a pena buscar um bloco de reservas modestas que dará tanto trabalho quanto um grande e renderá pouco". Ele só faltou dizer que o pré-sal é inviável economicamente.

A própria Petrobras sabe que exploração de petróleo em águas profundas tem custo muito alto. A Companhia estima o custo de produção em águas profundas em US$ 50. O preço internacional do petróleo do tipo daquele das costas brasileiras, o WTI, é de US$ 45, portanto, abaixo do custo de produção da Petrobras. O pré-sal é no momento "mico" do mercado de reservas de petróleo. Os portugueses que tem pré-sal ao longo das suas costas, já parou de investir na exploração pioneira, devido a inviabilidade econômica.

A presidente da Agência não deve estar sabendo que o preço internacional de petróleo está balizado no custo de produção de gás do xisto nos Estados Unidos. Os Estados Unidos tem reserva de gás de xisto equivalente ao consumo de petróleo para próximos 100 anos. O teto de custo de extração de gás de xisto nos Estados Unidos, equivalente em barril de petróleo é de US$ 40. Vamos relembrar que o custo de produção do petróleo nas águas profundas, custa à Petrobras US$ 50, segundo a própria Companhia. Só mesmo a presidente da ANP não deve estar sabendo.

Não sei mais como classificar a incompetência dos agentes públicos lotados em diversos órgãos governamentais. O caso desta licitação, feita em tempo errado, atrás apenas dos prêmios de participação. A licitação dos blocos rendeu ao governo os míseros R$ 190 milhões.  Triste saber que os órgãos federais estão aparelhados com estes petistas de carteirinha, mas totalmente incompetentes para os cargos que ocupam. A Agência Nacional de Petróleo não é exceção. A cara da ANP é a cara da sua presidente!

Incompetência é a marca registrada do PT!

Ossami Sakamori














@SakaSakamori



5 comentários:

Eli Reis disse...

Sakamori

Eu admiro, gosto muito e divulgo suas inteligentes análises, como a presente.

Neste presente caso em especial, concordo com seu comentário e também considero a incompetência do PT na gestão da coisa pública gritantes.

Mas, também acho, que o corpo técnico da Petrobras e Agências foi oprimido pela safadeza e intenção estelionatária de LULA e seus comparsas, para levar adiante essa história de Pré Sal para poderem sacar antecipadamente volumes enormes de recursos em cima de uma possível, eventual produção que agora estão vendo não se realizar.

A safadeza suplantou o conhecimento técnico para possibilitar o estelionato e roubalheira de LULA.

Não acha?

celia silveira disse...

gosto muito dos seus textos , muito lúcidos . parabéns !

Anônimo disse...

Concordo com seu excelente texto: "A cara da ANP é a cara da sua presidente!"
Incompetência é a marca registrada dos petistas de carteirinha, aliás de todos petistas.

Anônimo disse...

A única competência de nossos políticos é fazer acordos entre si,fingindo rivalidades,para o povo achar que há oposição e,no fundo,é uma camarilha só.

Cassiano Freitas disse...

A situação do Brasil é de extrema delicadeza. A questão não é nem tanto de competência. Existem outras razões para que nada dê certo na administração pública.