domingo, 16 de outubro de 2016

Gasolina poderá bater R$ 5,827 o litro


A Petrobras abaixou o preço dos combustíveis posto Refinaria. A baixa é muito pequena e o consumidor final nem vai sentir no bolso. Mais do que a baixa do combustível o fato importante é que a Companhia vai praticar o preço de "paridade" com o mercado internacional de petróleo. A ex-presidente Graça Fóster já tinha tentado colocar em prática o preço de "paridade", mas não conseguiu convencer a presidente Dilma a prática anunciada pela Petrobras.

Segundo o presidente da Petrobras Pedro Parente, à partir desta mexida no preço dos combustíveis, os preços serão reajustados conforme a variação do preço do petróleo no mercado internacional. É assim que funciona na maioria dos países do mundo, onde o combustíveis não é monopólio do governo. Pelo lado da teoria macroeconômica, a nova política de preços é pertinente e bem vinda. No meu e-book BrasiltemFuturo?, vou muito além, defendo o fim do monopólio do petróleo.

Apenas, vamos lembrar que o novo preço dos combustíveis foi estabelecido com dólar cotado a R$ 3,20 e o preço internacional do petróleo, tipo Brent, cotado a US$ 52 o barril. Segundo o presidente da Petrobras Pedro Parente, os combustíveis serão reajustados num intervalo máximo de um mês. Importante verificar em quanto andará a cotação do dólar e a cotação do petróleo no mercado internacional quando  da fixação do preço dos combustíveis nos próximos reajustes. Receio que os próximos reajustes, se vigorar o critério da "paridade", virão aumentos seguidos.

O preço do petróleo no mercado internacional já alcançou os picos de US$ 125 em 1/4/2014 e US$ 112 no dia 1/6/2014. O petróleo é um "commodity", assim sendo, nada garante que o preço do petróleo vai ficar deprimido por muito tempo nos atuais níveis. O gráfico histórico do preço do petróleo mostra claramente a tendência de valorização nos próximos meses. O preço do petróleo, num "upa", pode alcançar US$ 80 o barril, nível considerado pelos analistas internacionais como desejável para os componentes da OPEP. 
Os analistas da área de gás e petróleo afirmam que a Petrobras, mesmo com a baixa dos combustíveis, pratica valor de combustíveis bem acima dos valores da "paridade" anunciada, sendo assim, a Petrobras poderia cobrir eventuais aumentos futuros. Mas, a Companhia não a fará para não perder a credibilidade, da anunciada política de "paridade". Certamente, a Companhia aproveitará os futuros aumentos para sanear a situação econômica difícil que atravessa no momento. 

Pela política de "paridade" anunciada, a Petrobras seguirá o preço internacional do petróleo. Assim sendo, numa eventual preço internacional do petróleo, digamos alcançar, por exemplo, US$ 80 o barril e ainda considerando a estabilidade da cotação do dólar, o preço médio da gasolina, conforme Confaz, passaria do atual R$ 3,788 o litro para R$ 5,827 o litro. 


Brasil é país de "fantasia", do "faz de conta", administrados pelos "fantoches", para vender a falsa "sensação do poder de compra" à população. Creio ter assistido a esse filme várias vezes na vida. 

Ossami Sakamori
@BrasilLivre

5 comentários:

joao trindade disse...

Bom dia, prof. Sakamori

Com a chegada do horário de verão, chega essa notícia.
Mais uma para alimentar a inflação e reduzir a capacidade de reação do povo (povão). Continuamos a ser a nau sem vela e sem leme, à deriva e ao sabor das ondas do mar econômico internacional.

Anônimo disse...

Enquanto a SMARTIC e subsidiárias continuarem elegendo políticos no Brasil, tudo continuará igual : nada de compromisso com o povo, nada de transparência e tudo de corrupção, ativa e passiva para nos tornar republiqueta (já somos). País de poucos agraciados e milhões de miseráveis. Desde sempe foi assim...

daniel camilo disse...

Então, o que fiquei sabendo é que a Petrobras quer vender a BR e para isso diminuiu o preço do combustível para o negócio ficar mais atrativo. Talvez seja por isso que Michel Temer sinalizou que o preço diminuirá ainda mais; só não sei se será centavo por centavo. Nos governos Lula e Dilma, a Argentina comprava gasolina do Brasil e revendia por lá a um preço menor que nossas bombas. Isso era e talvez ainda seja um desaforo. Não acredito nas promessas desses políticos, prefiro ficar com um pé atrás e outro a frente.

daniel camilo disse...

Petrobras teve prejuízo bilionário com argentinos. Link: http://www.diariodopoder.com.br/coluna.php?i=45803759804

Anônimo disse...

A saída é declarar guerra aos Estados Unidos e, trinta segundos depois, declará-los vencedores, pedindo rendição.
Sendo uma possessão deles, de fato e direito, o povo teria orgulho de poder ter uma pátria.
Aprender inglês é mais fácil que aprender russo ou mandarim.